segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O barato da leitura é que ela nos reconecta à nossa ancestralidade: o momento do círculo mágico, do compartilhamento de histórias

            Chove há quase uma semana em nossa cidade. Gente, acho que vamos virar sapo!
            É feriado e estamos com viagem marcada para uma localidade próxima.
            São quatro dias. O que levamos na bagagem? Livros.
            Meu filho iniciando nos mistérios de Agatha Christie. Meu marido, com “Deuses da Culpa", de Michael Connelly, e eu, devorando um livro de Stephen King, chamado “Sobre a Escrita”, em que o autor  fala sobre sua experiência de escritor e dá dicas de como escrever bem.
            Estamos os três num quarto de hotel , sentados na mesma cama, lendo.
            É claro que não ficamos lendo o tempo todo. É claro que meu filho se conecta ao computador e joga online com seus amigos, e eu e meu marido acessamos o celular. A palavra-chave é EQUILÍBRIO.
            Basicamente encontramos um momento em nossos dias atarefados para nossas leituras. Normalmente é à noite, antes de dormir.Às vezes juntos, às vezes cada um na sua.
            Nesse último feriado de Nossa Senhora Aparecida, aconteceu do jeito que mais gosto: o jeito quase tribal. Amontoados numa cama. Eu  e meu filho, com livros físicos (de papel), preferimos o jeito tradicional, o toque da folha; meu marido, com o livro digital (ele já se acostumou com a novidade). Em vez da luz da fogueira, a iluminação da lâmpada. Mas isso não importa.
            Toda vez que nos reunimos assim, sinto aquela sensação gostosa de aconchego, de pertencimento. E quando interrompemos o momento individual da leitura para compartilhar alguma informação que achamos interessante, é como se repetíssemos a vivência de nossos ancestrais contando histórias na roda, no círculo mágico da tribo.
             A leitura em família nos dá a dimensão do que significa pertencer.  E só por isso, a leitura já vale a pena.

            Que tal ler todo mundo junto, amontoado em algum lugar da casa? No tapete da sala, no sofá, na cama de casal?
            Fica a dica.
            Até próximo post.