Chove
há quase uma semana em nossa cidade. Gente, acho que vamos virar sapo!
É feriado e estamos com viagem
marcada para uma localidade próxima.
São quatro dias. O que levamos na
bagagem? Livros.
Meu filho iniciando nos mistérios de
Agatha Christie. Meu marido, com “Deuses da Culpa", de Michael Connelly, e eu,
devorando um livro de Stephen King, chamado “Sobre a Escrita”, em que o
autor fala sobre sua experiência de
escritor e dá dicas de como escrever bem.
Estamos os três num quarto de hotel ,
sentados na mesma cama, lendo.
É claro que não ficamos lendo o
tempo todo. É claro que meu filho se conecta ao computador e joga online com seus amigos, e eu e meu
marido acessamos o celular. A palavra-chave é EQUILÍBRIO.
Basicamente encontramos um momento
em nossos dias atarefados para nossas leituras. Normalmente é à noite,
antes de dormir.Às
vezes juntos, às vezes cada um na sua.
Nesse último feriado de Nossa Senhora Aparecida, aconteceu do jeito que
mais gosto: o jeito quase tribal. Amontoados numa cama. Eu e meu filho, com livros físicos (de papel),
preferimos o jeito tradicional, o toque da folha; meu marido, com o livro
digital (ele já se acostumou com a novidade). Em vez da luz da fogueira, a
iluminação da lâmpada. Mas isso não importa.
Toda vez que nos reunimos assim,
sinto aquela sensação gostosa de aconchego, de pertencimento. E quando interrompemos
o momento individual da leitura para compartilhar alguma informação que achamos
interessante, é como se repetíssemos a vivência de nossos ancestrais contando
histórias na roda, no círculo mágico da tribo.
A leitura em família nos dá a dimensão do que
significa pertencer. E só por isso, a
leitura já vale a pena.
Que tal ler todo mundo junto,
amontoado em algum lugar da casa? No tapete da sala, no sofá, na cama de casal?
Fica a dica.
Até próximo post.