terça-feira, 19 de setembro de 2017

Inventar histórias com dedoches é uma boa atividade para se fazer em família.


Quando meu filho era pequeno, comprei uns dedoches de tricô numa feira de artesanato. Para quem não sabe, os dedoches são espécies de fantoches para colocarmos nos dedos. Eram dedoches de bichinhos: beija-flor, leão, macaco, tartaruga. Então ia colocando um a um nos dedos de minhas mãos, criando uma voz diferente para cada um deles e inventando uma história na hora. Depois, começava tudo de novo, colocando alguns bichinhos nos dedos de meu filho, outros nos meus e criávamos juntos outra história. Dávamos boas risadas com essa brincadeira.
            Nas lojas de brinquedos pedagógicos, e mesmo em livrarias, encontramos dedoches de personagens de contos de fadas, que vêm, às vezes, junto com os próprios livros. Nesse caso, podemos unir o útil ao agradável: lemos o livro e podemos dramatizar a história com os dedoches. E o mais legal é que nossos filhos podem  atuar junto.
            Outra atividade bem interessante que pode ser feita com os dedoches são vídeos, usando o próprio celular. Enquanto a cena está sendo dramatizada, tanto por nós, quanto pelos filhos, alguém pode filmar. Depois todos podem assistir. Há programas bem intuitivos de edição que podem ser usados para trabalhar o filme posteriormente. Nesse caso, até os filhos mais velhos podem participar.
            Muitos leitores podem pensar: sim, mas comprar esses materiais custa caro. Em alguns casos, dependendo do livro, do material dos dedoches e de quem os fez, isso pode ser verdade. No entanto, nós mesmos podemos confeccionar os dedoches. Na internet, há vários tutoriais que ensinam a como fazê-los. Aliás, criar os dedoches com os filhos, para, depois, contar as histórias,pode ser mais divertido ainda.
            O importante é que não deixemos de passar sempre algum tempo com nossos filhos, trocando afeto, conversando, contando histórias e lendo!
            Então, o que está esperando?
            #partiucontarhistóriascomdedoches
            
            Abaixo, uma foto com dedoches do Pequeno Príncipe, confeccionados na Quiosque Craft.


                  * Deixo, aqui, algumas sugestões de links para  pesquisar dedoches:


                  http://www.painelcriativo.com.br/2016/10/24/como-fazer-dedoche-         


      * Para assistir a um vídeo que eu mesma fiz com dedoches, acesse minha página:                       https://www.facebook.com/babadosliterarios/

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Ler para os filhos é prazeroso, mas exige alguns cuidados


           No último post, comentei que era importante que também lêssemos os livros que nossos filhos estão lendo, não apenas para saber de que tratam, mas para podermos trocar algumas ideias com eles. Isso, é claro, considerando crianças já alfabetizadas, com algum percurso de leitura, como é o caso de meu filho, que tem  certa autonomia como leitor.
                   Mas, e quando eles ainda não sabem ler e dependem totalmente de nós?
Será que basta comprar o livro e, assim que chegar em casa, abri-lo e começar a ler ?
            Nunca vou me esquecer de uma aula de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, na Faculdade de Letras, quando, ao estar dando uma aula de interpretação de texto para meus colegas, um deles, fazendo papel de aluno, me perguntou sobre uma palavra:
      Professora, o que é um “riacho”?
            Nossa, não parece tão fácil? Pois é, mas me enrolei toda para explicar. Até porque, outros colegas não deixaram a tarefa mais fácil:
      Professora, qual a diferença entre rio, riacho, lago e lagoa?
            Na época eu tinha dezessete anos. Era muito inexperiente. Mas esse exercício proposto por minha professora tinha exatamente esse objetivo: mostrar que, antes de trabalharmos qualquer texto, devemos lê-lo e preparar a leitura. Isso inclui o estudo do vocabulário.
            Assim, antes de lermos para nossos filhos, é bom que façamos uma leitura prévia da história, para não sermos pegos de surpresa, caso nos perguntem sobre alguma palavra do texto. Isso também garante que entendamos o contexto onde se movimentam os personagens e como eles atuam: se, por exemplo, o personagem é um monstro, fazemos voz de monstro; se for uma formiguinha, falamos fininho, com a voz mais baixa, e assim por diante. As crianças adoram essas modulações de voz. Com o tempo, à medida que repetirmos a leitura da mesma história (essa é outra característica da criança pequena: adora repetições), nossos filhos começam a participar da leitura também, imitando as vozes dos personagens.
            Fica a dica: Prepare sempre a leitura dos livros que for ler para seus pequenos.

            Até o próximo post!

domingo, 10 de setembro de 2017

Diário de um Banana sim, por que não?

IDiário de um Banana sim, por que não?

            Muitas pessoas me perguntam o que penso sobre a famosa série criada por Jeff Kinney, cujo protagonista é um menino que vai crescendo junto com os volumes dos livros e que tenta ser popular na escola de qualquer jeito, infelizmente sem sucesso.
            Meu filho leu todos os volumes e se divertiu muito com todos eles. Como já disse em outros posts, não há restrições sobre materiais de leitura aqui em nossa casa, desde que julguemos que o conteúdo não seja impróprio à idade de nosso guri.
            O que fiz ao longo de alguns volumes, foi ler junto com ele e discutir, tentando não ser “patrulha moralista”, por exemplo, alguns aspectos do comportamento do protagonista, que chega, em um episódio, a ponto de trair seu único amigo. A falta de escrúpulos do menino é assustadora! Aliás é sempre bom ler aquilo que seu filho está lendo, até para poder trocar  umas ideias com ele e estar por dentro do assunto. (Noutro post falarei mais sobre isso.)
             No entanto, o mundo escolar e familiar retratado no livro contém elementos muito semelhantes ao real: o famoso bullying, que sempre existiu, mas agora está catalogado, impera na série. As diferenças entre as classes sociais (o melhor amigo de Greg, Rowley, tem mais recursos econômicos, e Greg pontua sempre essa diferença) também são mostradas; há os “freeks”, os “nerds , “os valentões” e todos os tipos identificáveis no ambiente escolar, claro, do ponto de vista do protagonista. Isso sem falar no núcleo familiar do personagem principal, que tem um irmãozinho pequeno e um bem mais velho, o que gera um série de conflitos.
            Por todos esses motivos, a identificação da meninada é imediata com o conteúdo dos livros da série.
            Nossa postura em casa é de não rejeitar um livro por antecipação, quer por ser eminentemente comercial ( como é o caso), ou por ser tachado de “baixa literatura”. Nossa premissa é de que o mais importante é que nosso filho esteja lendo sempre e de tudo. Até para que ele próprio comece a ser crítico daquilo que ele lê: como será capaz de discernir o que vale ou não a pena se a ele for vedado o direito de ter acesso a todo o tipo de leitura?
            Quanto a nós, pais, cabe ofertar a maior variedade possível de títulos e gêneros a nossos filhos. Podem ter certeza, eles saberão escolher e serão leitores bem exigentes.
Fica a dica: #ofereçalivrosvariadosaseusfilhos




quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O exemplo é o melhor estímulo

O exemplo é o melhor estímulo!

            Há pouco terminei de ler Robin Hood, de Alexandre Dumas ( o pai: é, porque tem o filho também). Sinceramente? Adorei. O livro todo parece um roteiro prontinho para ser filmado. Aliás, não é à toa que a história do nobre que virou proscrito e roubava dos ricos para dar aos pobres foi tantas vezes filmado. Eu mesma assisti a mais de uma versão cinematográfica da obra.
            Cá entre nós, Robin é um personagem carismático, corajoso, leal, bondoso e, de quebra, bonitão. Ainda que beleza seja um critério muito pessoal, certo?
            Brincadeiras à parte, a narrativa é bem evolvente, com cenas de duelos, lutas de espadas, tiros com arco e flecha, tramas diabólicas, diversão e uma pitada de romance revestido de uma inocência, que, nos dias atuais, parece coisa mesmo de ficção: se pegar na mão de uma donzela era uma façanha, imagina beijá-la!
            O fato é que me empolguei tanto com o livro, que o li em menos de uma semana. Confesso que, não fossem minhas tarefas diárias, eu o teria concluído em menos tempo. Quando realmente gosto de um livro é assim: ando com ele para onde quer que eu vá e não gosto que me interrompam para nada. Fico chata mesmo.
            Foi assim com Harry Potter ( sim, amei, digam o que quiserem os críticos de plantão), com Coração de Tinta e outros tantos que já passaram por minhas mãos.
            E nessa empolgação, contagio meu guri. De tanto andar às voltas com Robin Hood, ele acabou querendo ler. Infelizmente, não se apaixonou: muito datado para os dez anos do meu filho; ao contrário de Harry Potter ( meu marido também adora) e Coração de Tinta, que, embora não nos tenha visto ler, sempre acompanhou de perto nossa paixão por essas histórias e, de tanto falarmos, acabou lendo.
            Em nossa casa, somos leitores vorazes, e nosso filho sempre nos vê como leitores. Penso que, muitas vezes, a falta do gosto pela leitura ocorra justamente por isso: insistimos para nossos filhos lerem, mas nós mesmos não somos leitores. Como as crianças ou os jovens acreditarão que ler é legal , se os próprios pais não leem?
            Pode ser que o livro que estejamos lendo não os agrade. Isso é natural, porque os gostos não costumam ser os mesmos. Mas viver num ambiente permeado de leitura faz toda a diferença.
            Fica a dica!
            Até o próximo post.
           Li uma edição de Robin Hood caprichada, da Zahar, capa dura, conforme vocês podem conferir aqui.


                                         







           

            

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Visitar livrarias: uma boa pedida nas viagens.

Oi, gente.
Final de semestre, ando cheia de trabalho e, por isso, atrasada com as postagens aqui no blog.
Hoje passei por aqui para falar como a visita a livrarias pode ser um programa bem prazeroso e divertido para fazermos com nossos filhos.
Com meu guri sempre tive esse costume, desde muito pequeno, não só em nossa cidade, como em outras pelo mudo afora.
Existe uma, em especial, que já visitamos mais de uma vez e que adoramos. Chama-se El Ateneo Grand Splendid e fica em Buenos Aires. Era um teatro e virou uma livraria. O espaço interno é belíssimo (só por isso já vale a visitação) e conta com um café, que fica exatamente no palco, onde ocorriam os espetáculos. Lá, existe uma área incrível de livros infantis e, por mais de uma vez, eu e meu marido levamos nosso filho para visitá-la. Numa dessas visitas, fazendo a minha já clássica garimpagem nas estantes, descobri o livro Melodia en la ciudad, de Benjamin Lacombe.
Primeiramente, o livro de destacou na estante pela beleza: capa dura, lombada de tecido, ilustrações caprichadas. Mas, como desconfio sempre de livros infanto-juvenis que se impõem pela forma, em seguida passo a examinar o conteúdo. Felizmente a história não decepcionou: trata-se da história de um menino que vê sua vida transformada quando, em sua cidade, chega uma trupe circense. Enredo tocante, maravilhoso, que, entre outras coisas, ainda mostra como era o circo em sua concepção original: um misto de beleza e horror, pois explorava as deficiências humanas como atração. Um livro  para ser lido mais de uma vez, em diferentes idades.
Viram só? Surpresas de uma visita a livraria em uma viagem.
Fica a dica.
Para saber sobre a livraria  El Ateneo, acesse o link

http://www.buenosairesturismo.com.br/passeios/livraria-ateneo.php

Abaixo, imagens do livro