IDiário de um Banana
sim, por que não?
Muitas
pessoas me perguntam o que penso sobre a famosa série criada por Jeff Kinney,
cujo protagonista é um menino que vai crescendo junto com os volumes dos livros
e que tenta ser popular na escola de qualquer jeito, infelizmente sem sucesso.
Meu filho
leu todos os volumes e se divertiu muito com todos eles. Como já disse em
outros posts, não há restrições sobre materiais de leitura aqui em nossa casa,
desde que julguemos que o conteúdo não seja impróprio à idade de nosso guri.
O que fiz ao
longo de alguns volumes, foi ler junto com ele e discutir, tentando não ser
“patrulha moralista”, por exemplo, alguns aspectos do comportamento do
protagonista, que chega, em um episódio, a ponto de trair seu único amigo. A
falta de escrúpulos do menino é assustadora! Aliás é sempre bom ler aquilo que
seu filho está lendo, até para poder trocar
umas ideias com ele e estar por dentro do assunto. (Noutro post falarei
mais sobre isso.)
No entanto, o mundo escolar e familiar
retratado no livro contém elementos muito semelhantes ao real: o famoso bullying, que sempre existiu, mas agora
está catalogado, impera na série. As diferenças entre as classes sociais (o
melhor amigo de Greg, Rowley, tem mais recursos econômicos, e Greg pontua
sempre essa diferença) também são mostradas; há os “freeks”, os “nerds , “os
valentões” e todos os tipos identificáveis no ambiente escolar, claro, do ponto de vista do protagonista.
Isso sem falar no núcleo familiar do personagem principal, que tem um
irmãozinho pequeno e um bem mais velho, o que gera um série de conflitos.
Por todos
esses motivos, a identificação da meninada é imediata com o conteúdo dos livros
da série.
Nossa
postura em casa é de não rejeitar um livro por antecipação, quer por ser
eminentemente comercial ( como é o caso), ou por ser tachado de “baixa
literatura”. Nossa premissa é de que o mais importante é que nosso filho esteja
lendo sempre e de tudo. Até para que ele próprio comece a ser crítico daquilo
que ele lê: como será capaz de discernir o que vale ou não a pena se a ele for
vedado o direito de ter acesso a todo o tipo de leitura?
Quanto a
nós, pais, cabe ofertar a maior variedade possível de títulos e gêneros a
nossos filhos. Podem ter certeza, eles saberão escolher e serão leitores bem
exigentes.
Fica a dica: #ofereçalivrosvariadosaseusfilhos
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